Resenha | CORTE DE ESPINHOS E ROSAS, por Sarah J. Maas
Ficha Técnica
Corte de Espinhos e Rosas/ ACOTAR Volume 1
Gênero: Young Adult/ Fantasia
Nome original: A Court of Thorns and Roses
Publicação: 2015
Editora: Record/ Galera
554 páginas
Sinopse
Num mundo dividido uma muralha mágica separa duas espécies. De um lado, os feéricos vivem dentro de suas fronteiras cheias de beleza e mistério; do outro, os humanos possuem apenas medo, desconfiança e dificuldades. Feyre, filha de um casal de mercadores humanos e falidos, se torna caçadora para sustentar a família. Dura como as flechas que carrega, letal como sua pontaria, ela abandona as fantasias de garota e as troca pela árdua vida nas florestas ao redor de sua aldeia. Sua única alegria é observar as cores e sonhar em capturá-las. Mas, na floresta, coberta de neve tudo é branco e árido; como o ódio pelos feéricos que carrega no coração; Como as telas que não pode comprar ou colorir. Até que um enorme lobo cruza seu caminho... Sem hesitar, Feyre dispara... uma flecha. Um ato de rebelião. Após matar o lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação. Arrastada para além do muro, para uma terra mágica e traiçoeira - que ela só conhece por meio de lendas -, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, Grão Senhor da Terra Primaveril. Um feérico com um segredo, escondido sob uma máscara. Ela descobre ainda que o então animal que havia assassinado era, na verdade, uma criatura mágica, uma fada zoomórfica transformada em lobo. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la ou Tamlin e seu povo estarão condenados.
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Ressalva de Conteúdo
Tem um detalhe que fiquei pensando se deveria já escrever nessa resenha ou nas demais, mas por fim percebi que para leitores que não iniciaram a série seria mais útil deixar logo aqui. ACOTAR é classificada oficialmente como uma série YA; Okay, a faixa etária da personagem e o livro um não deixam parecer o contrário. O livro dois e três, porém, não se encaixam nem um pouco com essa categorização; o Corte de Gelo e Estrelas eu não sei porque nesse segundo em que escrevo ainda não li, e o Corte de Chamas Prateadas já é classificado como adulto.
Eu diria que são livros New Adult, e isso não apenas pelas cenas de sexo extremamente explícito para pré-adolescentes, mas especialmente por tratar de temas muito pesados e complexos emocionalmente. Não vou entrar em mais detalhes sobre para não dar spoilers descarados do está por vir, então acredite: ACOTAR volumes dois e três são New Adult.
Resenha
Essa é uma obra para quem gosta de adaptações de contos de fadas. Com inspiração no conto A Bela e a Fera, essa história traz uma pitada de ousadia ao subverter muito daquilo que conhecemos e transformar em uma coisa totalmente nova e original.
Nós acompanhamos Feyre, uma humana que caça para trazer comida para casa e sustentar o irresponsável do pai e suas irmãs folgadas, pois os inúteis parentes não movem um dedo para ajudar a pobrezinha, que se tornou uma garota bem ranzinza e para lá de chatinha.
A situação dos humanos é de muita miséria e fome, o que só dá mais motivos para Feyre e muitos outros odiarem com todas as forças os feéricos, que são um povo mágico que aparentemente deixou a humanidade largada à própria sorte.
Após alguns acontecimentos, Feyre é levada para viver em Prythian, junto desse povo que ela tanto odeia; e isso porque o grão-feérico Tamlin cobra dela um pagamento em nome do antigo Tratado entre os reinos. A trama começa a se movimentar de verdade a partir daí, quando ela tem que passar os dias com seres que despreza.
Durante sua estadia, ela se vê diante de grandes mistérios sobre uma estranha praga; ao mesmo tempo vê um lado mais gentil do mal-humorado e nada cavalheiresco Tamlin, faz amizade com Lucien, consegue se perceber mais feliz e vê que talvez os feéricos não fossem monstros cruéis, afinal.
Há muito desenvolvimento de Feyre e da relação dela com Tamlin. Acho que o fato de o livro ter sido escrito em primeira pessoa acentua muito da nossa proximidade com os sentimentos dela, que são bem palpáveis; dá para ver o quanto ela é ressentida e solitária, e por mais estranho que possa parecer, a convivência com Tamlin, um outro ser bem amargo, a faz florescer e finalmente começar a se encontrar, e não apenas sobreviver.
Porém, nada se compara ao terço final do livro, quando Feyre precisa passar por algumas situações bem complicadas. Até essa parte, eu estava considerando a série bem mediana, e dei de cara com uma trama muito mais elaborada do que eu esperava.
Aliás, estou fazendo a releitura por conta do Corte de Chamas Prateadas, lançado recentemente, e uma coisa que a essa altura já notei nas séries da Sarah J. Maas é que o volume inicial normalmente é apenas um aperitivo em relação aos demais volumes. Quero que você dê uma olhadinha em todas as resenhas de ACOTAR que irei postar e tal, mas já adianto que essa série, a primeira que li da autora, é toda muito boa!
Curiosidades
Apesar do nome da série ser Corte de Espinhos e Rosas em português, os fãs costumam chamar de ACOTAR, sigla para o nome oficial em inglês, A Court of Thorns and Roses.
Visão Geral
Em Suma
Empolgante. Emocionante. Vibrante | 8,9
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