Resenha | NAMORADO DE ALUGUEL, por Kasie West

Capa do livro resenhado

Ficha Técnica

Gênero: Young Adult
Nome original: The Fill-In Boyfriend
Publicação: 2016
Editora: Verus
349 páginas

Sinopse

Inteligente e maravilhosamente romântico, Namorado de aluguel retrata a jornada inesperada de uma garota para encontrar o amor — e possivelmente até a si mesma. Quando Bradley, o namorado de Gia Montgomery, termina com ela no estacionamento do baile de formatura, ela precisa pensar rápido. Afinal, ela vem falando dele para suas amigas há meses. Esta era para ser a noite em que ela provaria que ele não é uma invenção de sua cabeça. Então, quando vê um garoto esperando pela irmã no estacionamento do baile, Gia o recruta para ajudá-la. A tarefa é simples: passar por namorado dela — apenas duas horas, nenhum compromisso, algumas mentirinhas. Depois disso, ela pode tentar reconquistar o verdadeiro Bradley. O problema é que, alguns dias depois do baile, não é em Bradley que Gia está pensando, mas no substituto. Aquele cujo nome ela nem sabe. Mas localizá-lo não significa que o relacionamento de mentira deles acabou. Gia deve um favor a esse cara, e a irmã dele tem a solução perfeita: a festa de formatura da ex-namorada dele — apenas três horas, nenhum compromisso, algumas mentirinhas. E, justamente quando Gia começa a se perguntar se pode transformar seu namorado falso em real, Bradley reaparece, expondo sua farsa e ameaçando destruir suas amizades e seu novo relacionamento.

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Resenha

Nessa narrativa em primeira pessoa, Gia está prestes a chegar ao seu baile de formatura quando leva um fora de seu namorado mais recente, cuja existência é posta em dúvida por suas amigas, já que ele nunca apareceu para conhecê-las.

Essa relação entre as meninas é superficial e carece muito de parceria, especialmente Gia e Jules, tornando o terreno fértil para pequenas disputas por status e atenção entre as demais amigas e sendo a razão principal para grandes conflitos entre ambas.

Então, ao se sentir pressionada a apresentar alguém como namorado para não ser vista como mentirosa, ela resolve... Mentir! Ela simplesmente aborda um garoto desconhecido e o convoca para ser seu namorado postiço. Por sorte, ele é bastante bacana e decide ajudar a menina com sua ideia mirabolante para enganar as amigas e não receber críticas por não apresentar o namorado.

Devido a alguns eventos e o empurrãozinho de terceiros, ela acaba reencontrando o rapaz e conhecendo ele – e toda a família – melhor com o tempo. Isso a faz notar que sua vida aparentemente perfeita, cheia de amigos, popularidade e pais elogiosos, talvez não seja tão perfeita assim.

Ao conviver com diferentes tipos de pessoas, que não pertencem à sua bolha social habitual, Gia acaba percebendo que sempre é possível melhorar e olhar mais para os lados. A vida é muito mais do que parecer estar bem, e ser feliz “para os outros” pode sufocar nossos sentimentos e talvez apagar nossa própria essência.

É uma história de uma breve jornada ao amadurecimento, em que ela percebe que talvez as aparências sejam exatamente isso: o que mostramos aos outros, e muitas vezes não corresponde aos nossos sentimentos/ necessidades reais.

[...] podemos aprender com as pessoas e as coisas que nos cercam. Todo mundo, todas as coisas, têm uma história, Gia. Quando você conhece essas histórias, descobre experiências que a preenchem, expandem sua compreensão. Você acrescenta camadas à sua alma. [...]

Foi uma grata surpresa o fato de a história tratar da superficialidade de relacionamentos e de como temos sempre mais a evoluir. Por mais leve que seja a história, tem camadas e isso é sempre bom. Isso é a magia que vem na literatura, afinal autores são pessoas, e por mais despretensioso seja um texto, pode trazer consigo algumas questões bastante presentes no cotidiano, mesmo que talvez não seja a intenção de que escreve.

[...] Eu me importava com o que os outros pensavam sobre mim. Apagava fotos ou tuítes que não tinham muitas curtidas. Media meu valor nesses termos. Devia ser a garota mais superficial da face da Terra, e só agora eu descobria isso. [...]

O que mexeu comigo nessa leitura em especial foi o fato de mostrar a protagonista – e não só ela – mudando seu modo de ver o mundo enquanto muitos daqueles ao seu redor ainda mantém o mesmo modo raso de encarar a vida. Notar isso ao longo dos anos é muito natural – especialmente na adolescência/ juventude –, e mesmo que mudanças façam parte do que é crescer, pode não ser um processo fácil, já que em certos casos precisamos até nos afastar de algumas pessoas muito queridas por elas não corresponderem mais em nada àquela nossa visão de mundo e começarem a nos fazer mal.

No final das contas, manter bons relacionamentos, que nos enriquecem como pessoas e nos tornam seres humanos melhores é essencial para uma qualidade de vida melhor e uma existência menos vazia. Embora o livro não se aprofunde muito além do que já citei, foi a primeira obra que li da autora e isso já a deixou na minha lista de queridinhas.

Visão Geral

Plot 8
Personagens 9
Impacto Pessoal 8,5
Final 8

Em Suma

Divertido. Inspirador. Escrita cativante | 8,4

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