Resenha | Uma Conjuração de Luz por V. E. Schwab
Ficha Técnica
Os Tons de Magia Volume 3
Gênero: Fantasia
Nome original: A Conjuring of Light
Publicação: 2020
Editora: Record
728 páginas
Sinopse
A balança do poder enfim pendeu para um lado... O equilíbrio precário entre as quatro Londres atingiu um ponto sem volta. Outrora transbordando a vivacidade vermelha da magia, o império Maresh é invadido por uma sombra lançada pela escuridão, o que deixa espaço para outra Londres surgir.
Quem vai cair?
Kell, que já foi considerado o último Antari vivo, começa a
questionar a quem deve sua lealdade. E, na esteira da tragédia que
se abate sobre a Londres Vermelha, será que Arnes vai resistir?
Quem vai ascender?
Lila Bard, que já foi uma reles ladra – mas nunca uma ladra
qualquer –, sobreviveu e progrediu por meio de uma série de
provações mágicas. Mas agora ela precisa aprender a controlar a
magia antes que esta seja drenada por seus próprios poderes.
Enquanto isso, o desacreditado capitão do Night Spire, Alucard
Emery, reúne sua tripulação para correr contra o tempo em busca do
impossível.
Quem vai assumir o controle?
Um antigo inimigo retorna para reivindicar a coroa enquanto heróis
tentam salvar um mundo em decadência.
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Resenha
Antes de mais nada, preciso confessar que comecei esta leitura com a expectativa bem lá embaixo. Não que Um Encontro de Sombras tenha sido terrivelmente ruim, não mesmo. Porém, a leitura de Um Tom Mais Escuro de Magia me deixou bem empolgada para algo mais, e esse algo mais só veio acontecer em Uma Conjuração de Luz, o que é possível de perceber pelo início tem um ritmo bastante agitado.
Os eventos começam imediatamente após o gancho final do volume dois, e a história principal gira em torno de derrotar Osaron, que é encarnação consciente da magia, e impedir que ele tome toda a Londres Vermelha, pois ele vive de expandir seu poder e se alimenta da magia daqueles ao seu redor.
Ao longo da narrativa, vemos o rastro de destruição que ele deixa, o que consequentemente resulta em muitas mortes. No primeiro volume, me incomodou demais a quantidade de mortes que, ao meu ver, foram sem sentido, pois considerava que muitos personagens ali que poderiam ter sido melhor desenvolvidos. E embora aqui elas estejam ainda mais presentes, são muito mais significativas. Em muitos casos, foi muito mais palpável o sentimento de quem restou.
Se Lila queria confusão, aqui definitivamente ela terá o suficiente para uma vida, pois a moça já abre o livro enfrentando uma luta para a qual não estava preparada. Além disso, para enfrentar o caos que se instaura na Londres Vermelha, vai precisar desenvolver muito rapidamente suas habilidades.
Aliás, em meio às muitas mortes e tristezas, o romance entre Kell e Lila finalmente toma forma. A princípio, eu enxergava esses dois muito mais como amigos, pois não via uma química que justificasse muito mais que uma amizade bem forte, talvez pela personalidade de ambos, afinal os dois adoravam discutir. Mas nesse volume, cheguei a achá-los bem bonitinhos juntos, pois mostrou um lado mais terno dos dois, mesmo sem perder suas características essenciais. Me convenceu a ponto de shippá-los!
Grande parte da narrativa é dedicada a – finalmente! – desenvolver Holland, mostrando cenas de flashback e explicando muito de suas atitudes. Estive esperando ansiosamente por isso e finalmente pude conhecê-lo melhor. E assim como ele, muitos tiveram seu momento para brilhar, especialmente Kell, Lila, Rhy e Alucard, mas sobrou espaço até mesmo para o rei e a rainha.
Como parece ter ficado claro, achei que valeu a sofrida leitura do volume anterior! Okay, talvez eu esteja exagerando, mas é que aquela história sem um grande foco além do torneio foi meio maçante para mim. Mas no final das contas, sem aquele desenvolvimento anterior, eu não teria me apegado tanto a certos personagens. Gostei muito dessa leitura e não senti muitas “barrigas”, mesmo com um livro bem grandinho como esse. Tive momentos de diversão, emoção, e enfim, apesar de sofrer um tantinho com alguns acontecimentos, só tenho elogios a essa série.
Comentários Com Spoiler ⚠️
Desde o primeiro volume, Holland me chamou muita atenção. Após saber sua trajetória, vemos o quanto é um personagem complexo. Ao mesmo tempo em que ele fez coisas terríveis e imperdoáveis, claramente tudo o que ele mais desejava era paz e prosperidade para seu mundo.
Se aliar a Osaron foi um meio totalmente desprezível, mas ao longo de sua jornada, sabemos que o que o move não é o poder e a ambição, e sim a vontade de que tanto ele quanto seu povo pudessem ser felizes uma única vez.
E toda vez que ele conseguia juntar um pouquinho de esperança, vinha a vida e dava uma rasteira cruel. Chegou ao ponto de nem se importar mais com amor ou amizade, queria apenas que sua existência tivesse algum significado.
O desfecho dele e seu arco de redenção me emocionou muito, especialmente por ele não ter sequer conseguido sequer alcançar seus objetivos.
Além de tudo que envolvia Holland, tive vários momentos para me emocionar, incluindo aí personagens que nem tinham tanto destaque, como Hastra, o pobrezinho sonhador.
E se tem uma coisa que só serviu para me deixar curiosa foi a decisão, preguiçosa ao meu ver, de não sabermos detalhes do passado de Kell e Lila. De qualquer modo, ainda amo essa série!
Visão Geral
Em Suma
Empolgante. Emocionante. Escrita Cativante | 10
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