Resenha | PRINCESA MECÂNICA, por Cassandra Clare
Ficha Técnica
Peças Infernais Volume 3
[Universo dos Caçadores de Sombras]
Gênero: Young Adult/ Baixa Fantasia
Publicação: 2013
Editora: Record/ Galera
575 páginas
Sinopse
O mistério sobre Tessa Gray e o Magistrado continua. Mas enquanto luta para descobrir mais sobre o próprio passado, a moça se envolve cada vez mais num triângulo amoroso que pode trazer consequências nefastas para ela, seu noivo, seu verdadeiro amor e os habitantes do Submundo.
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Resenha
Os planos megalomaníacos de Mortmain estão concretizando, e agora ele está disposto a tudo para conseguir sua peça final, Tessa. Como o Cônsul está tentando tirar Charlotte do poder apenas por motivos egoístas, os eventos tragicômicos que movimentam os capítulos iniciais do livro facilitam sua errônea jogada política para atrapalhá-la, e sem o apoio dos demais nephilins, Charlotte e os outros residentes do Instituto de Londres então se organizam para uma batalha crucial contra o exército do Magistrado.
Eu facilmente considero este o melhor livro dos três, quiçá de todo o universo de Cassandra Clare – sim, gosto muito desta série –, embora ainda não tenha lido As Últimas Horas. Desde o início, há grandes acontecimentos, desenvolvimento de personagens, e reviravoltas, além do triângulo amoroso entre Tessa, Will e Jem, que já, já comento. Como mencionado em resenhas anteriores, considero Peças Infernais bem mais maduro que Instrumentos Mortais (IM), e por esse motivo – e pelos protagonistas, acredito eu –, queria que também tivessem mais continuações. Sim, sou a louca das continuações; quando gosto, me apego demais (!).
Então. Quanto aos três protagonistas... Só ao longo da leitura dos livros da série que fui perceber a existência de um triângulo amoroso – eu evito ler sinopses antes das minhas leituras, hábito que adquiri depois de alguns spoilers horrorosos –, então fiquei bastante surpresa ao perceber que nesse caso em específico não é aquele do tipo “mocinha tola” ou dois conquistadores inveterados que precisam disputar o amor de sua dama ou qualquer bobagem do tipo.
[...] talvez você devesse parar de sentir pena de si mesma — disse ele. — A maioria das pessoas tem sorte se encontra um grande amor na vida. Você encontrou dois. [...]
Embora eu diga que sou do time do Will, pois particularmente sua angústia me trouxe empatia pelo pobrezinho, entendo perfeitamente quem gosta do Jem, pois ele é um gentleman e tem sinceros sentimentos por Tessa, que por sua vez, também não teve nenhuma má intenção em relação aos rapazes; ela de fato se sente dividida e isso é honesto da parte dela. O que ocorre aqui é que todos acabam caindo em uma armadilha do destino, o que torna a história ainda mais crível, pois nem sempre há o certo e o errado.
[...] — Quem sou eu? — sussurrou. — Há anos finjo ser outra pessoa e, depois, descobri que podia voltar ao meu verdadeiro eu, apenas para descobrir que não existe verdade para a qual retornar. Fui uma criança comum, depois me tornei um homem não tão bom e, agora, não sei mais ser nenhuma das duas coisas. Não sei o que sou, e quando Jem se for, não terei ninguém para me guiar. [...]”
“[...] É isso que está fazendo? Sobrevivendo? Certamente uma moça que está noiva deveria se sentir mais feliz. — Os olhos claros a analisaram. — Um coração dividido não se sustenta, como dizem. Você ama os dois, e isso a destrói. [...]
Nem tudo são flores, mas diferentes perspectivas do amor e todas suas complicações certamente são o ponto alto desse livro. Porém, quem não gosta muito de romance vai dormir com essa leitura, pois assim como é positivo na obra esses três em suas angústias e tensões românticas, para quem não curte um amorzinho vai cair de tédio. Outra coisa muito importante é o desenvolvimento do vilão: praticamente não há.
Eu ficava sempre esperando alguma grande ação ou planejamento, mas nunca vinha. Eu costumo comparar essa série com IM, pois foram lançamentos próximos e a autora meio que estava na mesma vibe – acredito eu –, então sinto que em nível de desenvolvimento e motivação os antagonistas daqui deixaram bastante a desejar em comparação à segunda trilogia de IM – na primeira trilogia também achei Valentim bem fraquinho.
Visão Geral
Em Suma
Apaixonante. Divertido. Empolgante | 9,8
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