Resenha | CIDADE DAS CINZAS, por Cassandra Clare

Capa do livro resenhado

Ficha Técnica

Instrumentos Mortais Volume 2
[Universo dos Caçadores de Sombras]
Gênero: Young Adult/ Baixa Fantasia
Publicação: 2011
Editora: Record/ Galera
406 páginas

Sinopse

Depois ser apresentada ao Mundo de Sombras e a Jace ― um Caçador que tem a aparência de um anjo, mas a língua tão afiada quanto Lúcifer ―, Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é “normal” quando você é uma Caçadora de Sombras assassina de demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Para complicar ainda mais, alguém na cidade de Nova York está matando jovens do Submundo. Quando o segundo dos Instrumentos Mortais, a Espada da Alma, é roubada, a aterrorizante Inquisidora chega ao Instituto para investigar ― e suas suspeitas caem diretamente sobre Jace. Como Clary pode impedir os planos malignos de Valentim se Jace está disposto a trair tudo aquilo em que acredita para ajudar o pai? Nessa sequência de tirar o fôlego da série Os Instrumentos Mortais, Cassandra Clare atrai os leitores de volta para o lado mais obscuro do submundo de Nova York, onde amar nunca é seguro e o poder se torna a mais mortal das tentações.

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Resenha

No segundo volume de Instrumentos Mortais, Clary ainda continua um pouco perdida no meio dos caçadores; ela tem aprendido alguns “truques” com seus novos amigos, mas não tem nenhuma grande mudança significativa até os momentos finais desse livro. No entanto, se encontra mais familiarizada com a sua nova realidade, e continua a ter surpresas desagradáveis ao longo de sua jornada.

Sua mãe está internada no hospital sem grandes perspectivas de melhora, e ela tem tentado resgatar o máximo de normalidade em sua rotina. Por sua situação com Jace, suas expectativas românticas caem por terra, então ela tenta usar a proximidade com Simon como um tipo de escudo contra esses sentimentos, os quais ela considera totalmente inadequados para se ter com um irmão.

[...] Não era possível mudar o próprio DNA, não importava quanto isso pudesse deixá-la feliz. [...]

Os eventos ocorridos em Cidade dos Ossos deixam Jace com uma mescla de confusas emoções, incluindo o amor que continua a sentir por seu pai, que o impede de repudiá-lo com todas as suas forças – e dá a ele um certo benefício da dúvida –, trazendo para si todas as suspeitas da inquisidora Herondale. Como se já não bastasse ser tratado como criminoso antes mesmo do julgamento oficial, ele também se sente desesperado por ter que se afastar de Clary, por quem teve uma proximidade sem igual.

[...] Sempre existiram apenas dois tipos de pessoa no mundo para o Valentim. Aqueles a favor do Ciclo, e os que eram contra. Os últimos eram inimigos, e os primeiros eram armas em seu arsenal. Eu o vi tentando transformar cada um dos amigos, até a própria mulher, em uma arma para a Causa, e você quer que eu acredite que ele não teria feito o mesmo com o próprio filho? [...]

Honestamente? Acho Jace um chato. Ele é muito rebelde a troco de nada; embora possamos dizer que é porque ele foi criado por fascista – ou o que mais se aproxima de um, dada a realidade do universo de Cassandra Clare – e só consiga ver o mundo cinza, até o final do livro anterior ele não tinha nenhum motivo palpável para tantos problemas com figuras de autoridade e zero motivo para ser tão arrogante com Clary ou Simon. Pelo menos aqui podemos dizer que o choque das notícias no final da obra anterior contribuiu para suas atitudes atuais, mas ainda assim ele age como um menino imaturo – mesmo para a idade dele, devo acrescentar.

[...] Você precisa ser tão... — [...] — Desagradável? — ele concluiu para ela. — Só quando a minha mãe adotiva me expulsa de casa com instruções para nunca mais voltar a bater à porta dela. Geralmente sou extraordinariamente amável. Tente em qualquer outro dia da semana que não acabe com a ou o. [...]

Talvez meu ressentimento com Jace venha do fato de seu protagonismo quase apagar o brilho do meu querido Simon, que infelizmente tem menos destaque por não ser protagonista – mas pelo menos tem um desenvolvimento surpreendente, inclusive neste volume. De qualquer modo, ele, Magnus e alguns outros personagens secundários compensam o casal principal, a quem eu pessoalmente não me apeguei.

Devo confessar que quando li Cidade das Cinzas pela primeira vez, foi mais uma “segunda chance” que dei para a série, pois não tinha gostado o suficiente para ter certeza que leria os seis livros de Instrumentos Mortais; no entanto, assim que terminei, dito e feito: amei a série original e todas as outras do universo dos caçadores de sombras.

Visão Geral

Plot 8
Personagens 8
Impacto Pessoal 8
Final 8

Em Suma

Escrita Cativante. Empolgante. Divertido | 8

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