Resenha | A PRINCESINHA, por Frances Hodgson Burnett

Capa do livro resenhado

Ficha Técnica

Gênero: Infantil
Nome original: A Little Princess
Primeira Publicação: 1905
Publicação: 2013
Editora: Oficina do Livro
Idioma Lido: Português/ Portugal
161 páginas

Sinopse

"Alguma coisa surgirá, se eu pensar e esperar um pouco. A Magia dir-me-á — afirmou numa voz suave e expectante." Sara Crewe, uma aluna excecionalmente inteligente e imaginativa do Colégio de Miss Minchin, fica devastada quando o pai morre. Sem dinheiro, Sara é rebaixada, humilhada e forçada a trabalhar como criada. Mas a história não acaba aqui e o seu destino reserva-lhe a felicidade.

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Resenha

Com um narrador em terceira pessoa, acompanhamos alguns anos da vida de Sarah, uma pequena órfã deixada por seu pai em um internato para meninas.

[...] Não gosto disso, papá, mas creio que os soldados, mesmo os mais corajosos, também não gostam de ir para a guerra [...]

Lá ela convive com a diretora do colégio, Srta. Michin, que é uma mulher tão amarga que consegue se incomodar até com sua grande inteligência e gentileza, e só a trata bem devido à sua grande fortuna.

Sendo naturalmente amável e criativa, Sarah tem o dom de conquistar algumas amizades muito belas e sempre ameniza qualquer circunstância ruim com o uso da imaginação. O que mais achei meigo nela foi sua forma de ver o mundo; ela é capaz de reconhecer todos os seus privilégios como menina rica e entende que sua condição não a torna superior a ninguém.

[...] As coisas acontecem às pessoas por casualidade–[...]– A mim aconteceram-me várias casualidades felizes. Por acaso, sempre gostei de estudar e de livros e nunca tive dificuldade em recordar-me das coisas quando as aprendia. Por sorte, tive um pai que era bem-parecido, amável e inteligente e que me pôde dar tudo o que eu queria. [...] mas quando se tem tudo o que se deseja e toda a gente é sempre simpática para nós, como não haveremos de ser bem-dispostos e amáveis? [...] Se calhar sou uma pessoa horrível e nunca ninguém saberá, só porque nunca me deparo com contrariedades [...]

Por não fazer distinção das pessoas, ela se aproxima de várias meninas “diferentes”, principalmente crianças que normalmente não são queridas pelas demais, e isso incomoda alguns ao redor, como a Srta. Michin.

[...] Minha querida Sara, a Becky é a criada da copa. As criadas da copa não são... crianças [...]

Após a morte do pai da menina, falido, Srta. Michin finalmente se sente livre para expressar todo seu desprezo pela pequena e a faz passar por grandes dificuldades. E embora Sarah seja muito resiliente, às vezes não há força interior suficiente capaz de amenizar sofrimentos do corpo.

[...] Não consigo fazer mais de conta. Não vale a pena tentar mais. Se adormecer, talvez um sonho consiga fazer de conta por mim [...]

É muito bonita a forma com que a pequena "princesinha" lida com situações que até mesmo um adulto teria dificuldades de suportar; e pela sua personalidade tão doce, que não muda em nada independente de sua situação financeira, ficamos ainda mais curiosos e ansiosos em saber como ela vai conseguir superar todos os problemas.

Curiosidades

Existe uma adaptação em filme de 1995, com direção de Alfonso Cuarón.

Visão Geral

Plot 9
Personagens 8,5
Impacto Pessoal 7
Final 8,5

Em Suma

Indispensável. Tocante. Marcante | 8,3

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