Resenha | ALGUNS ANOS, por Julianna Costa

Capa do livro resenhado

Ficha Técnica

Segundo Volume em Duologia com “4 Semanas de Prazer”; Pode ser lido como único
Gênero: Romance Erótico
Literatura Brasileira
407 páginas

Sinopse

Apaixonada pelo herdeiro de uma família rica, Dominique sabe que suas origens humildes não são bem vistas pelos parentes de Gregory. Mas quando o teste de gravidez anuncia que ela está esperando um filho, a última coisa que ela imaginaria era que a avó dele lhe ofereceria alguns milhões de euros para abortar e desaparecer.

Uma conversa errada, um engano e agora Dom precisa desaparecer para salvar a vida de seu filho até o momento do reencontro chegar. Mas será que alguns anos serão suficientes para apagar as mágoas do passado? Ou será que alguns anos é tudo que um amor precisa para acabar?

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Resenha

A história é focada na narrativa em primeira pessoa, alternando especialmente entre Dominique e Gregory. Este livro pode ser lido como volume único, apesar de se relacionar com o primeiro da duologia. Quando li pela primeira vez, não sabia da existência do 4 Semanas de Prazer, que procurei para ler depois de ficar curiosa em como tudo havia começado, então realmente acho que vale a pena conferir na ordem correta.

Mais uma vez: 4 Semanas de Prazer é um livro leve e divertido, em contraposição a Alguns Anos, que senti muito mais sombrio, até pelos acontecimentos impactantes na vida dos personagens. Tanto que na primeira leitura deste eu não gostei tanto de Gregory Holt, pois achei ele fraco e manipulável; ao terminar a minha leitura da primeira parte, entendi que ele apesar de sim, ser um tanto manipulável, o fazia por ingenuidade e por acreditar no melhor das pessoas – spoiler? Ih já foi –, e não por fraqueza de personalidade ou mau-caratismo. Por isso, ao reler Alguns Anos logo depois (!), automaticamente Holt entrou na categoria de crush literário, e plot twist: este se tornou meu livro favorito da autora – pelo menos até a data da publicação desse post.

Dito isso e expostos meus motivos, seguimos. Depois de eventos determinantes no início da história, Dominique Thoen se vê encurralada e é obrigada a abandonar Holt e precisa fugir para longe, onde passa a viver. Ao voltar, completamente fragilizada, precisa saber se ela ainda quer tentar reconquistá-lo e se isso realmente vale a pena, já que Holt não parece mais ser o homem que ela conheceu.

[...] Gregory tinha meu coração nas suas mãos malditas. Ele era dono do meu corpo. Do meu prazer.
Eu era toda dele.
E odiava isso.
É claro que odiava.
Talvez seja melhor assim, Dom. Talvez não fizesse bem algum encontrá-lo pessoalmente. [...]

Gregory está quebrado. O homem outrora divertido e descontraído se tornou uma pessoa ressentida, que só espera o pior das pessoas e é um pai ausente, péssimo marido e ser humano. Após o sumiço de Thoen, ele acaba em um casamento de aparências, que só piora sua solidão e o deixa cada vez mais em um estado decadente, apesar de muito mais rico e com todos bens materiais disponíveis ao seu alcance.

[...] - Quer ser sincera [...]? Pois então vamos ser sinceros. Você casou comigo por dinheiro e é isso que eu te dou: dinheiro. Se você quer carinho, tem que fazer como eu e ir buscar na rua. Não que você não já tenha feito isso, é claro. [...]

Gostei da força extra que Dominique precisou ter para proteger seu filho, e a que ponto ela chegou para que ele não fosse afetado. Em relação a Gregory, durante a releitura parei para pensar mais nele como uma pessoa depressiva; ele estava desolado, decepcionado e sozinho.

Descontou em algumas pessoas que não mereciam, mas o estado dele é a prova do quanto se entregou a Dominique e permitiu que seu coração, amor e forças dependessem dela. Se trouxermos esse tipo de atitude dele para um contexto realista, teremos pessoas extremamente expostas e frágeis, o que não é nada divertido no final do mês, mas em uma obra literária, é tão – mas tão! – romântico e lindo o quanto ele se entrega a ela... Quando ela se vai, ele se parte; quando ela volta, ele se reconstrói aos poucos. Dramático e fofo, bem do jeitinho que eu gosto.

[...] Ah, Dom, eu te amo. Te amo tanto. Te amei a vida inteira. Por favor, esteja bem. Por favor. Eu não quero mais nada. Mais nada na vida, nunca. Só quero que vocês estejam bem. [...]

Aqui existe uma história que envolve decepção e intrigas, onde o que mais mexeu comigo foi a intensidade dos sentimentos do casal; tem, claro, alguns clichês, que não são um defeito. Esse par já passou por muita coisa juntos e separados e o que lhes resta são seus profundos sentimentos, e mesmo com tudo indicando que eles não eram feitos um para o outro, seu amor permanece e a paixão volta ainda mais avassaladora. Mesmo, claro, com elementos ficcionais de uma obra literária, há uma forte pegada realista, e os erros e acertos os tornam críveis e humanos.

Curiosidades

  • Julianna Costa tem o costume de fazer easter eggs em suas obras;
  • Existe uma prequela em forma de conto que mostra um pouco mais a história desse querido casal, com o nome Alguns Dias.

Visão Geral

Plot 10
Personagens 9,5
Impacto Pessoal 10
Final 10

Em Suma

Empolgante. Apaixonante. Emocionante | 9,9

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